O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, enfrenta auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) após um impacto de R$ 14 bilhões no desempenho do Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024. Embora o termo “rombo” tenha sido evitado, a fundação explicou que o resultado negativo reflete o consumo do superávit acumulado no ano anterior, com um saldo ainda positivo de R$ 528 milhões. A auditoria, que segue um pedido do ministro Walton Alencar, também analisa a gestão e as escolhas de governança, especialmente a indicação de um novo comando para a fundação em 2023.
A Previ esclareceu que em fundos de pensão não há conceito de lucro ou prejuízo, mas sim superávit ou déficit, dependendo do desempenho em relação à reserva matemática, que garante o pagamento de benefícios futuros. Em 2023, o fundo registrou um superávit de R$ 14,5 bilhões, enquanto em 2024 o valor caiu para R$ 528 milhões. Apesar disso, a Previ afirmou que o equilíbrio do Plano 1 está mantido e que, caso haja um déficit significativo, um plano de contingência será acionado, embora o diretor de investimentos considere improvável a necessidade de aportes extras.
O desempenho negativo do fundo foi atribuído, em grande parte, à depreciação das ações da Vale (VALE3), que representam uma parte substancial do portfólio de renda variável do plano. A Previ, no entanto, defendeu sua estratégia de investimentos, destacando que a concentração em Vale está sendo reduzida e que a empresa continua saudável financeiramente, com grande potencial de valorização. Além disso, a fundação tem migrado seus investimentos para ativos de renda fixa, como NTN-B, visando maior segurança e estabilidade no longo prazo, especialmente em um contexto de volatilidade nos mercados financeiros.