Prestadores de serviços de saúde em Goiânia estão ameaçando paralisar os atendimentos devido a cortes no complemento de exames de alta e média complexidade, como biópsias, ultrassonografias e ressonâncias. A medida foi adotada pela gestão municipal para ajustar os recursos financeiros ao orçamento disponível, com o objetivo de garantir a sustentabilidade do sistema de saúde. Além disso, os profissionais relatam que ainda há notas fiscais de serviços prestados nos meses de junho a setembro de 2024 sem previsão de pagamento, o que agrava a situação financeira.
A Prefeitura de Goiânia defende os cortes como uma necessidade para equilibrar os gastos da saúde, pois os valores pagos aos prestadores estavam acima da média do mercado privado. A administração municipal afirma que os novos valores asseguram a sustentabilidade financeira do sistema e o pagamento regular das dívidas com os prestadores. No entanto, prestadores de serviços denunciam que uma portaria publicada recentemente reduziu ainda mais os valores de compensação, o que geraria um impacto negativo no atendimento prestado à população.
Em meio a essas disputas, a gestão municipal também está reestruturando seus contratos e realizando força-tarefa para renegociar as dívidas herdadas de gestões anteriores. Entre os reflexos das dificuldades financeiras estão as longas filas de espera nas UTIs e a interrupção de repasses para entidades do terceiro setor. A crise na saúde municipal tem gerado preocupações sobre a qualidade dos serviços prestados à população, levando profissionais a buscar alternativas para garantir os pagamentos e a continuidade dos atendimentos.