O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, está sendo julgado por insurreição após a tentativa de impor a lei marcial em dezembro. A defesa de Yoon argumenta que sua ação visava evitar uma suposta “ditadura legislativa” causada pela oposição no Parlamento, e não paralisar o Estado. Este é o primeiro julgamento criminal de um presidente em exercício no país. A audiência, que ocorreu em meio a grandes medidas de segurança, foi interrompida após 90 minutos, com Yoon permanecendo em silêncio durante o processo.
Yoon foi detido em janeiro e está em prisão preventiva por um período de seis meses, acusado de liderar uma insurreição, um crime passível de pena de morte ou prisão perpétua. A Promotoria solicitou a manutenção de sua detenção, argumentando que o acusado poderia influenciar testemunhas. Durante o julgamento, a defesa pediu a anulação das acusações, alegando que a investigação foi ilegal. No mesmo dia, outro processo no Tribunal Constitucional também teve início, buscando confirmar ou anular o impeachment do presidente.
O Tribunal Constitucional deve emitir um veredicto até junho, podendo levar a novas eleições presidenciais caso a destituição de Yoon seja ratificada. Caso contrário, Yoon poderá retomar seu cargo. A situação política gerou grande instabilidade no país, com o presidente em confronto direto com o Legislativo e o judiciário, enquanto espera uma decisão final sobre seu futuro no poder.