O presidente Lula voltou a defender a exploração de petróleo na Bacia Foz do Amazonas e criticou a demora do Ibama em autorizar a Petrobras a realizar estudos técnicos na região. Em entrevista, Lula mencionou que o órgão ambiental se reunirá com a Casa Civil para discutir uma possível autorização, mas destacou que a questão da exploração será abordada posteriormente. Ele também manifestou insatisfação com o que considera uma postura excessivamente cautelosa do Ibama, sugerindo que o órgão estaria se posicionando contra o governo.
A pressão sobre o Ibama gerou desconforto entre os servidores do órgão, que se posicionaram contra a tentativa de interferência política nas suas atividades. Os técnicos do Ibama argumentaram que as declarações do presidente contradizem o compromisso ambiental do país, especialmente no contexto da COP-30, que será sediada no Brasil em novembro. Além disso, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou um novo leilão de áreas para exploração de petróleo, o que aumenta a tensão sobre as discussões ambientais em curso.
Por outro lado, a pressão por uma solução rápida na exploração da Margem Equatorial reflete também uma estratégia política do governo, visando fortalecer a relação com o Congresso, especialmente com o presidente do Senado. No entanto, a resistência da ministra do Meio Ambiente, que se opõe à exploração na região, gera incertezas sobre sua permanência no cargo, o que pode impactar as negociações climáticas do Brasil na COP. Apesar disso, o governo acredita que ela continuará no cargo, dada sua importância nas discussões internacionais sobre o meio ambiente.