O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, defendeu a exploração de petróleo na foz do Amazonas, afirmando que não vê contradição entre o projeto e o discurso ambiental do governo brasileiro. Em entrevista à BBC, ele explicou que, assim como outros países, o Brasil está buscando atingir a meta de “net zero” até 2050, e que essa transição energética pode envolver, por um tempo, o uso de fontes não renováveis, como o carvão, como fez a Alemanha. Corrêa ressaltou que não há impedimento para os avanços ambientais do Brasil devido à exploração de petróleo.
A questão da exploração de petróleo na região da Margem Equatorial voltou a ser debatida após declarações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que se mostrou favorável ao projeto da Petrobras. O tema tem gerado polêmica, com protestos de ambientalistas e controvérsias internas no governo, especialmente por se tratar de uma área estratégica em termos ambientais. Mesmo assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a liberação para as pesquisas na região, buscando destravar o processo.
Além disso, Corrêa do Lago comentou sobre o impacto da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, afirmando que isso pode prejudicar as metas globais de financiamento para o combate às mudanças climáticas, como o plano de arrecadação de 1,3 trilhão de dólares para países em desenvolvimento. Ele destacou a importância de manter o alinhamento global para enfrentar a crise climática, observando que o G20 também desempenha um papel importante nas negociações além da COP.