O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou críticas à demora do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em autorizar pesquisas de petróleo na Foz do Amazonas. Em suas declarações, o presidente questionou a postura do órgão, que, segundo ele, tem agido de forma contrária ao governo. O governo federal busca a liberação da licença ambiental no primeiro trimestre de 2025, com a mediação da Casa Civil, para dar continuidade à fase de pesquisa, essencial para avaliar a viabilidade da exploração na região.
A exploração de petróleo na Margem Equatorial é vista pelo governo como uma oportunidade estratégica de arrecadação, com projeções de um trilhão de reais em receitas. O presidente reforçou a importância de avançar na pesquisa para garantir recursos que financiem a transição energética, destacando que é essencial explorar as riquezas naturais do país para investir nesse processo. A autorização é crucial, uma vez que a pesquisa é necessária antes de qualquer exploração, que exige uma nova licença caso seja viável.
Em resposta às críticas do presidente, a Ascema Nacional (Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente) se manifestou contra possíveis pressões políticas no processo de licenciamento ambiental. A associação lembrou que o Ibama é um órgão técnico, cuja missão é a proteção ambiental, e destacou a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da área, como a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS), que poderia reduzir as incertezas e agilizar o processo. A Ascema também defendeu a transformação do Ibama em um órgão independente para evitar interferências externas nas decisões do instituto.