O presidente argentino Javier Milei participou da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), realizada em 22 de fevereiro de 2025, nos Estados Unidos, onde reforçou seu apoio à política de tarifas recíprocas proposta por Donald Trump. Ele afirmou que a Argentina seria o primeiro país a adotar esse modelo, que visa estabelecer tarifas de importação semelhantes às aplicadas pelos países aos produtos americanos. Milei também criticou as restrições impostas pelo Mercosul, que, segundo ele, impedem acordos comerciais mais vantajosos para a Argentina com os Estados Unidos.
Durante seu discurso, Milei fez uma reflexão sobre o que chamou de “segunda independência”, sugerindo que, após a independência das monarquias europeias, a Argentina e os Estados Unidos devem se libertar da tirania de uma classe política dominante, a qual denominou de “partido do Estado”. Ele afirmou ser visto como uma ameaça por aqueles no poder, mas reforçou que sua missão é retirar o poder de uma elite política que considera prejudicial à sociedade. O presidente também se mostrou crítico das fraudes eleitorais, citando o Brasil, e dos governos que considera opressores, como o da África do Sul.
Milei ainda manifestou apoio ao empresário Elon Musk e comentou sobre suas políticas de redução do tamanho do Estado, mencionando a “motosserra” como uma metáfora para cortar gastos públicos e eliminar setores governamentais que considera desnecessários. Apesar das promessas de reduzir a inflação, os dados indicam que a pobreza na Argentina tem aumentado, afetando mais de 50% da população. O presidente argentino segue firme em seu projeto de reformas, com a expectativa de uma agenda econômica mais alinhada com os interesses dos Estados Unidos e uma postura crítica em relação a governos que considera adversários do modelo econômico liberal.