O presidente da Argentina, Javier Milei, promoveu nas redes sociais uma nova criptomoeda chamada LIBRA, supostamente criada por iniciativa privada, com o objetivo de financiar pequenas e médias empresas no país. A divulgação foi acompanhada de um link e QR Code para acessar o token. Poucas horas após a publicação, a criptomoeda experimentou uma valorização repentina, seguida de uma queda acentuada de seu valor. A situação gerou reações intensas nas redes sociais, com opositores acusando o presidente de usar seu cargo para promover o ativo, enquanto defensores levantaram suspeitas de fraude ou ataque hacker.
Apesar da polêmica, a assessoria de Milei confirmou que ele de fato publicou a mensagem, mas esclareceu que o presidente não estava envolvido no projeto e agiu para evitar que o público acreditasse que se tratava de uma fraude. O site do projeto, que exibe uma clara associação com as ideias de Milei, apresenta o token como uma forma de fortalecer a economia argentina por meio do empreendedorismo e inovação. Especialistas afirmam que as flutuações no valor da criptomoeda podem ser atribuídas à limitada quantidade de tokens disponibilizados no mercado.
O episódio gerou grande indignação entre a oposição, que promete abrir uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a situação. Parlamentares questionaram os motivos do presidente para promover a criptomoeda e expressaram preocupações sobre os danos causados pela desvalorização repentina. O caso também gerou um debate sobre o papel do Executivo e a necessidade de fiscalização por parte do Legislativo e do Judiciário para garantir a transparência e legalidade das ações do governo.