A Prefeitura de Taubaté tomou medidas após a denúncia de que um médico da rede pública estava deixando seu posto de trabalho durante o expediente, indo para sua casa em diversas ocasiões. O médico foi filmado por um período de quatro semanas, em que foi registrado saindo do posto de saúde em horários não compatíveis com sua carga horária de 20 horas semanais. Após a exibição da reportagem, a prefeitura afastou o profissional por 60 dias e iniciou uma sindicância para apurar a conduta, sem suspender seu salário durante o afastamento. Além disso, a gestora responsável pela atenção primária à saúde foi exonerada como parte de uma reorganização interna.
A Prefeitura de Taubaté reforçou que a unidade básica de saúde onde o médico trabalha não possui atendimento remoto, sendo necessário que ele estivesse presente para realizar as consultas. As investigações têm como objetivo verificar se as ausências são irregulares e podem resultar em medidas disciplinares, incluindo possível demissão. A Secretaria de Saúde também orientou sobre a necessidade de cumprimento do expediente e a realização de quatro consultas por hora, como parte de um esforço para garantir a eficiência dos serviços.
O médico foi abordado pela equipe de reportagem e, embora tenha se recusado a comentar as ausências, afirmou que deveria ir a outro posto. As imagens que mostram suas saídas durante o horário de trabalho foram entregues à corregedoria municipal, que será responsável por investigar o caso. A Prefeitura de Taubaté destacou que, se confirmadas as irregularidades, as ações legais podem variar desde advertências até a demissão do serviço público.