A decisão do Executivo de Goiânia de não submeter à Câmara de Vereadores a discussão sobre o crédito suplementar de R$ 190 milhões à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) gerou críticas entre parlamentares. A vereadora Aava Santiago manifestou forte desacordo com a medida, questionando a ausência de consulta ao Legislativo e a mudança de postura da Prefeitura, que antes havia solicitado um crédito de R$ 30 milhões. Ela destacou a importância da Câmara em deliberações sobre recursos públicos e criticou a decisão de consultar apenas o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) para a aprovação do aporte.
Outros vereadores, como Luan Alves, também expressaram preocupação com a falta de debate sobre o destino desses recursos. Alves enfatizou a necessidade de envolvimento da Câmara, sugerindo que a Prefeitura encaminhasse um projeto para ser discutido e votado pelos parlamentares. Para ele, a ausência de discussão poderia prejudicar áreas essenciais como saúde e educação, que também dependem de recursos municipais.
Em contrapartida, o vereador Wellington Bessa defendeu a postura do Executivo, alegando que a Prefeitura conta com profissionais qualificados para avaliar a necessidade do crédito suplementar e que a consulta ao TCM já garante a legalidade do processo. Bessa ressaltou que a injeção de recursos é fundamental para salvar a Comurg, uma empresa considerada estratégica para o município, e que o prefeito tem demonstrado disposição para dialogar com o Legislativo sobre o tema. O aporte visa equilibrar as contas da Comurg, que enfrenta um déficit significativo em suas finanças.