O prefeito de Rio Branco defendeu a nomeação de sua esposa para o cargo de chefe de gabinete, destacando que a escolha foi legal e embasada em parecer jurídico da procuradoria municipal. Ele afirmou que a nomeação se alinha com práticas comuns em diversas administrações públicas no Brasil, ressaltando que não há ilegalidade ou imoralidade na medida. Segundo ele, a confiança na esposa é um fator importante para gerir o dinheiro público de forma eficiente. Além disso, a gestão acredita que a posição de chefe de gabinete se encaixa nas exceções previstas pela legislação para cargos políticos, como o de secretários municipais.
A nomeação gerou repercussão e foi alvo de críticas, sendo alvo de investigação do Ministério Público do Acre. A argumentação da prefeitura, por meio de uma nota oficial, justifica que o cargo de chefe de gabinete possui natureza política e, portanto, não infringe as normas sobre nepotismo, que proíbem a nomeação de parentes para cargos administrativos. A administração também se baseia em uma lei municipal que dá status de cargo político ao chefe de gabinete, equiparando-o a um secretário.
A esposa do prefeito, que possui formação em direito e experiência profissional, já ocupou cargos importantes em órgãos públicos antes de ser nomeada para o cargo. A nomeação também envolve questões salariais, já que o cargo de chefe de gabinete tem remuneração de até R$ 28,5 mil mensais, o que gerou discussões sobre a compatibilidade com os reajustes concedidos aos secretários municipais. A prefeitura reitera que a escolha se deu com base na necessidade de confiança mútua na gestão pública.