O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o aumento dos preços dos alimentos, como o ovo e a carne, é resultado de problemas climáticos, como o excesso de sol e chuva. Em resposta à alta, o governo planeja se reunir com empresários para discutir a redução dos preços, com o objetivo de ajustar os valores ao poder aquisitivo da população brasileira. Lula destacou que, embora o Brasil tenha interesse na exportação de alimentos, a prioridade é garantir que não faltem no mercado interno.
A alta no preço dos ovos foi destacada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que registrou aumentos de até 40% em diversas regiões do país desde janeiro. A escassez de oferta e a alta demanda são apontadas como fatores principais para a elevação dos preços, especialmente durante o período que antecede a quaresma, quando há maior consumo de ovos devido à substituição das carnes vermelhas. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que a alta continuará por mais dois meses.
Além da oferta limitada, o aumento nos custos de produção também contribuiu para a escalada nos preços. A elevação do preço do milho, usado na ração para as galinhas, e o aumento nos custos de embalagens são algumas das causas dessa pressão sobre os preços. O governo busca alternativas para equilibrar os preços internos, com a promessa de que o valor de produtos como carne e ovos voltará aos níveis acessíveis à população.