O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou um levantamento que aponta o preço do gás de cozinha no Pará como o 14º mais alto do Brasil, com uma média de R$ 108,27 para o botijão de 13 quilos. A pesquisa realizada entre os dias 9 e 15 de fevereiro mostrou variação de preços que vai de R$ 85,00 a R$ 125,00, dependendo da localidade. Em Parauapebas, o valor médio foi ainda mais elevado, chegando a R$ 123,14, colocando a cidade no 12º lugar no ranking nacional.
Em Belém, comerciantes como Tatiana Nascimento, vendedora de tacacá, relatam que o custo elevado impacta diretamente nos seus negócios, já que o gás é um dos insumos essenciais. Ela utiliza, em média, quatro botijões por mês, o que representa um gasto mensal de cerca de R$ 400,00. Outros, como Disleny Oliveira, dona de um food truck, mencionam que, embora tentem evitar o repasse do aumento aos preços dos produtos, as constantes elevações nos custos acabam afetando o bolso de quem vive do comércio.
Além dos efeitos do gás, os comerciantes também enfrentam altas no preço do carvão, outro insumo de uso frequente. Margarida Costa, vendedora na Feira da 25, por exemplo, utiliza cerca de oito botijões de gás por mês, resultando em um gasto superior a R$ 900,00 mensais. A alta dos preços e a dificuldade em repassar os aumentos aos consumidores geram desafios para manter a clientela e a saúde financeira de pequenos negócios no estado.