Em janeiro de 2025, os preços dos aluguéis residenciais apresentaram um aumento de 0,96%, mais de três vezes superior à inflação oficial, que foi de apenas 0,16%. O índice de preços ao consumidor (IPCA) foi impactado positivamente pelo recuo dos preços de energia elétrica, o que ajudou a conter o crescimento da inflação no mês. Apesar disso, o aumento nos aluguéis foi notável em 33 das 36 cidades analisadas na pesquisa.
Os imóveis de três dormitórios foram os que mais valorizaram, com um aumento de 1,17%, enquanto os de um dormitório tiveram a menor alta, de 0,77%. No geral, o preço médio do aluguel no Brasil foi de R$ 46,94/m². A economista Paula Reis, do DataZAP, aponta que o cenário macroeconômico, incluindo o mercado de trabalho, tem grande influência sobre a variação dos aluguéis, embora a recomposição do valor real dos aluguéis já tenha avançado.
No acumulado dos últimos 12 meses, os aluguéis tiveram uma alta de 13,16%, com aumento registrado em todas as cidades monitoradas. Para 2025, espera-se uma desaceleração no ritmo de aumento dos aluguéis, mas com possibilidade de novos reajustes, principalmente devido à restrição no mercado de vendas e à alta taxa de juros, atualmente em 13,25% ao ano. A economista prevê que o mercado de trabalho, embora positivo, poderá ainda impactar as perspectivas de aluguel no futuro próximo.