A pré-eclâmpsia é uma complicação gestacional caracterizada pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteínas na urina, podendo ocorrer após 20 semanas de gravidez. Quando não tratada adequadamente, pode evoluir para a síndrome de HELLP, uma condição mais grave, envolvendo hemólise, baixa contagem de plaquetas e comprometimento do fígado. A pré-eclâmpsia representa um risco tanto para a mãe quanto para o bebê, podendo levar a complicações graves como insuficiência renal, acidente vascular cerebral (AVC), e até morte materna e fetal. No Brasil, a doença é uma das principais causas de morte materna.
A identificação precoce da doença é essencial para minimizar riscos. Mulheres com fatores de risco como pressão alta crônica, obesidade, diabetes ou histórico de pré-eclâmpsia em gestações anteriores devem iniciar o acompanhamento desde o início da gestação, utilizando medidas preventivas como o uso de anticoagulantes e reposição de cálcio. No entanto, mesmo com acompanhamento rigoroso, a doença pode evoluir de forma grave, como ocorreu no caso de uma gestante que relatou complicações severas durante sua gestação, apesar dos cuidados médicos.
A pré-eclâmpsia não tem cura, e o único tratamento eficaz é o parto. Em casos de diagnóstico precoce, é fundamental avaliar o momento mais seguro para realizar a intervenção, garantindo as melhores condições possíveis tanto para a saúde da mãe quanto do bebê. O manejo da hipertensão e a vigilância constante dos sinais de gravidade são essenciais para controlar a evolução da doença, que, em casos mais graves, pode comprometer a saúde da gestante e exigir decisões urgentes.