O governador de Nova York, Kathy Hochul, indicou que pode considerar a remoção do prefeito Eric Adams após o aumento das pressões políticas e a preocupação com a sua capacidade de governar. Embora o Departamento de Justiça tenha decidido retirar as acusações de corrupção contra Adams, o clima político em torno de sua administração permanece instável, com vários políticos pedindo sua renúncia. Caso a remoção aconteça, seria um feito inédito na história do estado, já que nunca um prefeito de Nova York foi removido do cargo de forma formal.
De acordo com a legislação estadual e a Carta Municipal, Hochul tem autoridade para suspender Adams por até 30 dias, durante os quais ele teria a oportunidade de se defender. Se a defesa não for aceita, o governador pode decidir pela remoção definitiva do prefeito. Existe também uma via alternativa por meio de um Comitê de Incapacidade, que poderia avaliar a capacidade de Adams de continuar exercendo suas funções. No entanto, a aplicação desse mecanismo não é clara, uma vez que foi criado em 1987 para casos de incapacidade física.
Caso Adams seja removido ou renuncie, o cargo de prefeito seria assumido pelo defensor público Jumaane Williams, que convocaria uma eleição especial para escolher um novo prefeito. Enquanto isso, o cenário político em Nova York se intensifica, com diversos candidatos, incluindo alguns políticos proeminentes, se preparando para disputar as eleições primárias para o cargo.