Em 2024, o Brasil registrou um número recorde de 6,5 milhões de pedidos de demissão, com destaque para os jovens de 18 a 24 anos, que representam 30% do total. Esse aumento no turnover é impulsionado, principalmente, pela busca por novas oportunidades de carreira e pela vontade de empreender. O turnover voluntário, embora possa ser saudável em níveis moderados, alerta as empresas para possíveis falhas em sua gestão de talentos. De acordo com especialistas, as empresas com alta rotatividade podem enfrentar desafios para manter a competitividade e a inovação.
Os principais motivos que levaram os profissionais a deixarem seus postos de trabalho em 2024 são a oferta de propostas mais atrativas por outras empresas (71%) e a falta de oportunidades de crescimento dentro das organizações (40%). Além disso, questões como salários abaixo da média de mercado, benefícios pouco competitivos e falta de reconhecimento também se destacaram entre os fatores que mais contribuíram para as demissões. A estagnação nas funções e a insatisfação com o ambiente de trabalho se tornaram questões-chave, com muitos profissionais expressando frustração por se sentirem sem perspectivas de progresso.
Para evitar uma onda de demissões por descontentamento em 2025, as empresas precisam adotar medidas que valorizem os talentos, com foco em flexibilidade, oportunidades de desenvolvimento e aprimoramento das condições de trabalho. Iniciativas como o fortalecimento da liderança, programas de treinamento e a melhoria do ambiente organizacional têm ganhado força como estratégias eficazes para a retenção de profissionais. A gestão de desempenho também tem se mostrado um fator crucial para a sustentabilidade das equipes em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico.
