A estrutura remanescente da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os Estados do Tocantins e Maranhão, foi implodida no último domingo, 2 de fevereiro. A decisão foi tomada após o desabamento do vão central da ponte em 22 de dezembro, que resultou na morte de 17 pessoas. A implosão foi coordenada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com o uso de 250 quilos de explosivos para destruir 14 mil toneladas de concreto, causando estrondos tão fortes que ativaram alarmes de veículos na área.
Para garantir a segurança da operação, foi estabelecido um perímetro de segurança de mais de 2.100 metros nas duas cidades mais próximas, Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). Moradores de 200 residências dessas localidades foram evacuados uma hora antes da detonação, e atividades no Rio Tocantins foram suspensas. A área ao redor dos pilares da ponte foi cercada para evitar danos causados pelos escombros. A técnica usada na implosão foi o fogo controlado, que utiliza explosivos estrategicamente posicionados para fragmentar estruturas sem o uso de maquinário pesado.
A causa do desabamento ainda está sendo investigada pela Polícia Federal, que apura as responsabilidades pela queda da ponte. No incidente, veículos como motocicletas, carros e caminhões caíram no Rio Tocantins, sendo que dois caminhões transportavam substâncias perigosas, como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. A tragédia e a ação subsequente refletem a complexidade e os riscos envolvidos na manutenção da infraestrutura rodoviária.