A poluição nos igarapés de Manaus é um problema crescente, alimentado pela falta de políticas de saneamento e pelo crescimento desordenado da cidade. A ausência de uma destinação adequada de resíduos, especialmente nas áreas próximas aos igarapés, compromete o ecossistema local. Um exemplo claro dessa situação é o Igarapé do 40, que, além de sofrer com o descarte incorreto de lixo, tem sua extensão coberta por resíduos como isopor, garrafas PET, eletrodomésticos e colchões. A gravidade da poluição afetou também outros igarapés da cidade, como o Mindu, o São Raimundo e o São Jorge, resultando em mais de 130 igarapés poluídos na capital amazonense.
Recentemente, foram instaladas eco-barreiras para reter o lixo flutuante e auxiliar na limpeza dos igarapés. No entanto, especialistas alertam que essas ações, embora importantes, são insuficientes para resolver o problema de forma definitiva. A poluição nos igarapés tem impactos diretos na bacia hidrográfica e no abastecimento de água da cidade, o que torna urgente a adoção de políticas públicas mais eficazes para preservar esses recursos hídricos essenciais.
A Secretaria Municipal de Limpeza Pública já iniciou ações para combater o problema, como o envio de uma equipe técnica para avaliar o Igarapé do 40 e a realização de um planejamento específico para sua limpeza. No entanto, é necessário um esforço contínuo para garantir que soluções adequadas sejam implementadas, envolvendo tanto a gestão pública quanto a conscientização da população local para evitar o descarte incorreto de resíduos e proteger os igarapés.