Um tribunal polonês decidiu reverter a sentença contra uma ativista envolvida na assistência a uma mulher que buscava interromper a gravidez, ordenando a realização de um novo julgamento. O caso de Justyna Wydrzyńska foi emblemático, representando a primeira condenação de um ativista em um contexto de repressão ao aborto na Polônia, país com uma das legislações mais restritivas da Europa sobre o tema.
Em 2023, Wydrzyńska foi condenada a serviços comunitários por ajudar uma mulher a realizar o procedimento. Este julgamento gerou repercussão internacional, uma vez que a Polônia mantém um regime de quase proibição total do aborto, com severas limitações também para aqueles que oferecem apoio a mulheres que buscam esse direito. A decisão de reverter a sentença e realizar um novo julgamento é vista como um momento simbólico para os defensores dos direitos reprodutivos no país.
A decisão judicial acontece em um cenário em que ativistas e organizações feministas continuam a lutar por uma legislação mais flexível e pelo direito das mulheres de decidirem sobre seus corpos. A expectativa é que o novo julgamento possa influenciar a discussão sobre os direitos reprodutivos na Polônia e, potencialmente, impactar mudanças no sistema jurídico do país.