Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, decidiram adotar uma postura de “quarentena” política, optando por não assumir cargos ou compromissos neste momento. Ambos afirmaram, nos últimos dias, que pretendem observar com calma o cenário eleitoral de 2026 antes de tomar decisões sobre eventuais alianças ou cargos no governo. Lira, em particular, avalia disputar uma vaga no Senado por Alagoas, onde já é esperado um confronto com o senador Renan Calheiros.
A postura de Lira reflete um cálculo estratégico sobre os benefícios de um eventual cargo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que pode tanto trazer mais apoio político quanto aumentar a rejeição popular. Enquanto isso, Pacheco enfrenta uma decisão similar, ponderando a possibilidade de ser o candidato ao governo de Minas Gerais em 2026. Embora resista à ideia, ele já indicou que sempre teve o sonho de governar o estado e pediu um prazo de quatro meses para tomar uma decisão definitiva, após conversas com o presidente Lula.
Apesar de não integrar o governo federal de forma formal, Pacheco poderia exercer influência como um “conselheiro” na gestão do governador Hugo Motta. A movimentação de ambos no cenário político também reflete uma estratégia para fortalecer suas bases eleitorais para o pleito de 2026, sem comprometer sua imagem ou a de seus partidos.