O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância de uma abordagem cuidadosa por parte do Banco Central ao definir a taxa básica de juros, enfatizando a necessidade de controlar a alta de preços sem prejudicar o crescimento econômico. Para o ministro, é essencial que a política monetária seja conduzida com sabedoria, de forma a evitar uma recessão ou desequilíbrios nas transações internacionais, que poderiam afetar ainda mais a economia brasileira.
Haddad explicou que o aumento da taxa de juros é uma ferramenta usada pelo Banco Central para desaquecer a economia e conter a inflação. No entanto, ele alertou que, se mal aplicada, essa medida pode comprometer o crescimento econômico. O Brasil, que lidera o ranking mundial de juros reais, tem enfrentado desafios econômicos, com o aumento da taxa Selic para 13,25% e o impacto da valorização do dólar sobre o preço de itens essenciais, como combustíveis e alimentos.
Por fim, o ministro comparou a gestão da política de juros ao uso de um antibiótico, destacando que é preciso equilíbrio na aplicação das medidas para que sejam eficazes. A administração da taxa de juros deve ser feita na dose certa, sem excessos ou falhas, para garantir que a economia consiga se recuperar sem causar danos duradouros.