O Ministério da Saúde está finalizando a regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, que visa organizar a rede de tratamento da doença no Brasil. José Barreto, coordenador-geral da política, afirmou que todas as portarias foram discutidas com representantes de estados e municípios. A rede vai integrar diferentes etapas do combate ao câncer, desde a busca ativa até o acompanhamento personalizado dos pacientes, abrangendo níveis de atenção primária, especializada e de suporte.
O diagnóstico precoce do câncer é um grande desafio no Brasil, com mais de 60% dos casos sendo detectados em estágios avançados. O ideal seria que essa taxa ficasse abaixo de 30%. Barreto explicou que um atraso de 30 dias no início do tratamento aumenta em até 8% o risco de mortalidade, e que um atraso de 60 dias pode eleva-lo em até 16%. A deputada Silvia Cristina ressaltou que, apesar das dificuldades, o câncer é uma doença curável, e as ações em andamento visam proporcionar soluções efetivas para reduzir os números alarmantes de casos e mortes diárias.
A Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer foi sancionada em dezembro de 2023 e é considerada uma urgência no enfrentamento da doença, que atualmente é a segunda principal causa de morte no Brasil. A criação da lei foi impulsionada pela Comissão Especial de Combate ao Câncer, e seu objetivo é estabelecer uma estrutura mais eficiente para diagnóstico, tratamento e prevenção em todo o território nacional. A cada dia, cerca de 2 mil novos casos são diagnosticados, e 656 pessoas perdem a vida devido ao câncer.