A abordagem de endurecimento nas penas, adotada por políticos ao longo das últimas décadas, tem se mostrado ineficaz e extremamente cara. Originalmente proposta como uma fórmula política para enfrentar questões relacionadas à criminalidade, a premissa de “tolerância zero” nas penas foi amplamente seguida, enquanto as causas do crime ficaram em segundo plano. Como resultado, o sistema de justiça criminal enfrenta uma crise estrutural, com prisões superlotadas e um aumento constante na população carcerária.
O sistema penal foi pressionado a aumentar a duração das penas e a intensificar a reincidência de offenders que quebram a condicional. Como consequência, o número de presos dobrou nos últimos 30 anos, e os espaços destinados à detenção estão chegando a um ponto crítico. Essas medidas extremas levaram à necessidade de liberação antecipada de detentos, uma solução improvisada para lidar com o excesso de encarcerados, que coloca ainda mais pressão sobre o sistema de justiça.
O governo tem tentado enfrentar a crise, com planos de construir 14.000 novas vagas até 2031, mas o alto custo de £10 bilhões torna esse objetivo desafiador. O debate continua em torno da eficácia dessas políticas, já que a falta de foco nas causas subjacentes do crime, como a pobreza e a desigualdade, compromete a construção de uma solução sustentável para o sistema de justiça penal no Reino Unido.