Um policial militar do Ceará foi demitido pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD) após ser investigado por apresentar atestados médicos falsificados para justificar ausências no trabalho em datas importantes, como o Carnaval e o fim de ano. A demissão foi formalizada em 11 de fevereiro e se baseou na violação de princípios fundamentais da Polícia Militar, como hierarquia e disciplina. O caso teve início com uma denúncia de falsificação de atestado médico em 2020, mas a decisão considerou também outros atestados fraudulentos apresentados em 2022 e 2023.
Durante a investigação, foi descoberto que os documentos apresentados pelo policial não eram autênticos. Um dos atestados falsificados foi emitido por um hospital em Maracanaú, mas o médico responsável negou ter assinado o documento. Em outro caso, a clínica que supostamente teria emitido um atestado não possuía registros de atendimento ao policial e estava fechada durante o período mencionado, devido ao recesso de Ano Novo.
A decisão da CGD foi tomada com base na incompatibilidade ética e disciplinar do policial com os valores da corporação, destacando que suas ações configuraram uma grave infração aos deveres profissionais. Embora a demissão tenha sido formalizada, o policial ainda pode recorrer da decisão dentro de um prazo de dez dias úteis. Caso não haja recurso ou se o julgamento for definitivo, a medida será executada pela Polícia Militar do Estado.