A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta terça-feira (11) para cumprir mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, investigando empresas suspeitas de fraudar licitações públicas. As investigações, iniciadas em abril de 2024, apontam que essas empresas estavam envolvidas em práticas fraudulentas, como o uso de dados falsos para obter benefícios fiscais, possibilitando a oferta de preços menores em concorrências públicas. Além disso, as investigações revelaram o uso de laranjas como sócios para esconder os verdadeiros proprietários das empresas.
A operação foca em contratos vigentes com a Administração Pública, incluindo um contrato com a Polícia Federal. Um dos alvos principais é a empresa R7 Facilities, que recentemente venceu uma licitação de R$ 321 milhões para prestar serviços ao governo federal. A licitação envolvia a contratação de 1.216 funcionários terceirizados por três anos, sendo uma das maiores concorrências para esse tipo de serviço. A empresa, no entanto, foi desclassificada pela comissão do certame por irregularidades em seu processo de participação.
Além da desclassificação, a R7 Facilities também está sendo investigada por supostos vínculos com práticas ilícitas, como a utilização indevida de desoneração da folha de pagamentos, além da suspeita de que seus contratos anteriores já haviam sido questionados pela Controladoria Geral da União (CGU). A empresa também é alvo de uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), relacionada a supostos registros em nome de laranjas, com foco em contratos ligados ao presídio de segurança máxima de Mossoró (RN).