A Polícia Federal (PF) iniciou uma operação para investigar um esquema de fraude em licitações envolvendo a construção de pontes no estado do Tocantins. A investigação aponta para a participação de servidores da Prefeitura de Porto Nacional e empresários, que, supostamente, superfaturaram contratos no valor de R$ 15 milhões. Durante a operação, a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e dois de afastamento de servidores públicos, além de realizar prisões em flagrante por posse ilegal de armas e munições.
O caso surgiu a partir de denúncias anônimas e investiga a manipulação de processos licitatórios, onde empresas de um mesmo grupo familiar se apresentavam como concorrentes, mas operavam de forma conjunta. Entre os indícios encontrados pela PF estão endereços e serviços compartilhados entre as empresas, subcontratação mútua e dívidas entre elas, configurando um esquema de falsa concorrência. Além disso, os contratos envolvidos apresentaram aumentos no valor superior à média do mercado, sendo um dos contratos acrescido de 37,74% sem justificativa plausível.
A Prefeitura de Porto Nacional, por sua vez, declarou que está colaborando com as investigações e que os contratos investigados, no total de R$ 683 mil, foram feitos dentro das normas legais. A gestão local afirmou que, assim que for notificada, cumprirá as ordens de afastamento dos servidores suspeitos e reiterou seu compromisso com a transparência e o uso responsável dos recursos públicos. O caso segue sendo apurado e pode resultar em acusações formais contra os envolvidos.