A Polícia Federal está conduzindo investigações sobre o envolvimento de magistrados e servidores de tribunais de sete estados brasileiros em esquemas de venda de sentenças. Os inquéritos começaram a ganhar força após denúncias de corrupção envolvendo juízes, desembargadores e advogados, que estariam negociando decisões judiciais em troca de propinas. Entre as investigações, destacam-se os casos na Bahia, São Paulo e Maranhão, onde já houve afastamentos de magistrados e indiciamentos por corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes relacionados.
A operação investiga um esquema que favorecia grupos específicos e envolvia a manipulação de processos judiciais em diversas áreas, incluindo disputas territoriais e questões empresariais. Em alguns estados, como Mato Grosso e Espírito Santo, a investigação também abrange familiares de juízes, como filhos que, segundo a PF, estariam intermediando as propinas em escritórios de advocacia. As investigações já levaram à apreensão de grandes quantias em dinheiro e à descoberta de conversas que indicam a pressão dos envolvidos para acelerar os pagamentos das propinas.
Embora não haja condenações até o momento, a Polícia Federal segue apurando possíveis vínculos entre os esquemas em diferentes estados e analisando se há envolvimento de outras autoridades, incluindo no Superior Tribunal de Justiça. Em algumas situações, os casos foram transferidos ao Supremo Tribunal Federal para averiguação, mas o processo ainda segue sob sigilo. As investigações continuam e podem levar a novos desdobramentos nos próximos meses.