A Polícia Federal realizou uma operação na região de Maués, no Amazonas, e desmantelou uma rede de garimpos subterrâneos. Esses garimpos, construídos por garimpeiros ilegais, incluem túneles que se estendem por até 70 metros de profundidade e são projetados para evitar a fiscalização. A estrutura subterrânea, que possui galerias e corredores, é precária e extremamente perigosa, com risco de colapso que pode ser fatal. A operação revelou a utilização de métodos destrutivos, como explosivos, para destruir as instalações, além de confirmar o uso de substâncias tóxicas, como o cianeto, para separar o ouro.
Em um dos garimpos encontrados, a extração de ouro era significativa, com cerca de 8 kg sendo retirados semanalmente, o que representa aproximadamente R$ 3,2 milhões. Além disso, a operação encontrou condições de trabalho análogas à escravidão, com 50 homens sendo resgatados. As condições de segurança nas escavações subterrâneas eram precárias, e os trabalhadores estavam expostos a gases contaminantes, como o CO2, devido à falta de ventilação adequada nos túneis.
A Polícia Federal destacou que a prática de garimpos subterrâneos está se tornando cada vez mais comum na região do Amazonas, principalmente para escapar do monitoramento por satélite que rastreia atividades ilegais. Desde 2024, já foram destruídos cinco garimpos desse tipo em Maués. As autoridades agora buscam identificar os responsáveis por essas operações criminosas e continuam investigando as redes envolvidas nesse crime ambiental e social.