A Polícia Federal iniciou, nesta terça-feira (11), uma operação no Distrito Federal contra empresas suspeitas de fraudar licitações públicas. As investigações, que começaram em abril do ano passado, indicam que as empresas envolvidas teriam manipulado dados fiscais para obter benefícios e oferecer preços menores em concorrências. Além disso, as investigações apontam que as empresas usavam “laranjas” como sócios para ocultar a identidade dos reais proprietários. Os contratos alvos da operação envolvem várias empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas, o que demonstra a associação entre elas para fraudar os processos licitatórios.
A empresa alvo principal dos mandados de busca e apreensão é a R7 Facilities, que recentemente venceu uma licitação de R$ 321 milhões para prestação de serviços gerais ao governo federal. A licitação envolvia a contratação de mais de mil funcionários terceirizados e foi considerada a maior concorrência já feita para esse tipo de serviço. Contudo, a empresa foi desclassificada da disputa pelo Ministério da Gestão e Inovação devido ao uso indevido de benefícios fiscais e por não comprovar capacidade para arcar com os custos exigidos pela licitação.
Além disso, a R7 Facilities é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) após uma revisão de seus contratos com a administração pública. A investigação foi iniciada após a fuga de presos de uma unidade de segurança máxima, onde a empresa prestava serviços de manutenção. A suspeita é de que a R7 estivesse registrada em nome de “laranjas”, o que motivou a reavaliação dos contratos firmados com o governo.