Na última sexta-feira, 28, a Polícia Federal apreendeu dois cavalos avaliados em R$ 3 milhões em um haras em Indaiatuba, interior de São Paulo, como parte de uma investigação sobre a rede de tráfico internacional de drogas vinculada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e à máfia italiana. A operação, que envolveu buscas em Indaiatuba e Santana de Parnaíba, teve como objetivo aprofundar as investigações da Operação Mafiusi, iniciada em dezembro de 2024. Novas provas coletadas no final do ano passado indicaram suspeitas sobre a lavagem de dinheiro envolvida no esquema.
A Justiça Federal determinou o bloqueio de imóveis, contas bancárias e aplicações financeiras de pessoas investigadas, com um total de R$ 31,5 milhões sendo atingido pela medida. As investigações da PF revelaram o uso de contas de passagem, empresas de fachada e transações imobiliárias como mecanismos para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Esse esquema de lavagem de dinheiro está associado a operações internacionais que envolvem a remessa de grandes quantidades de cocaína para a Europa, com destaque para a Espanha, Portugal e Bélgica.
Além da apreensão de bens, a Polícia Federal também confirmou o envio de toneladas de cocaína para a Europa, disfarçadas em carregamentos de louças sanitárias e madeiras. Em alguns casos, voos comerciais eram utilizados para transportar até 1,5 tonelada de cocaína para aeroportos de Portugal e da Bélgica. A operação busca desmantelar essa rede de tráfico e lavagem de dinheiro, destacando a abrangência internacional do crime.