Guilherme Solano, diretor do Presídio da Polícia Civil de São Paulo, foi afastado de suas funções nesta quarta-feira (5) pela Corregedoria da instituição. A decisão ocorreu após uma operação que resultou na apreensão de 23 celulares e outros itens proibidos nas celas de policiais civis presos. A investigação teve início após denúncias de que agentes encarcerados estavam utilizando os aparelhos para se comunicar com o lado de fora da prisão. Além disso, uma reunião está prevista para discutir o futuro do presídio, com possíveis propostas de interdição devido a irregularidades encontradas.
A operação foi realizada por uma força-tarefa composta por promotores do Ministério Público e delegados da Corregedoria, que confirmaram a existência de aparelhos móveis e outros itens proibidos nas celas. A descoberta foi um desdobramento de investigações relacionadas ao caso de um empresário morto no final do ano passado, cujas denúncias de corrupção envolviam agentes da Polícia Civil. A ação também revelou que, além dos celulares, foram encontrados valores em dinheiro, drogas e outros dispositivos de comunicação não autorizados.
Atualmente, 26 pessoas estão presas, incluindo 22 policiais civis e militares, em conexão com o caso, sendo três deles suspeitos de envolvimento na execução do empresário. As investigações continuam com o foco na possível colaboração de membros de facções criminosas e agentes policiais no assassinato. O caso está sendo acompanhado de perto, com destaque para a apreensão de material ilícito dentro do presídio e as medidas a serem tomadas para evitar novas irregularidades.