Cerimônias de boas-vindas, comuns na Austrália, têm gerado debates, especialmente após um evento realizado no Território do Norte. Durante uma cerimônia em homenagem ao bombardeio de Darwin pelas forças japonesas em 1942, a chefe do governo local, Lia Finocchiaro, fez uma omissão significativa ao não mencionar os povos Larrakia, tradicionais habitantes da região. Em seu discurso, ela reconheceu os veteranos e as famílias dos sobreviventes, mas não fez referência ao povo aborígine local, o que gerou controvérsias.
Finocchiaro, mais tarde, defendeu sua posição em uma entrevista à rádio local, argumentando que gestos como esses, que se tornaram comuns em eventos públicos para respeitar os povos aborígines e os ilhéus do Estreito de Torres, têm se tornado superficiais e divisivos. Ela afirmou que essas ações muitas vezes não têm significado real e podem acabar gerando mais separações do que unificação.
A postura da chefe do governo local gerou reações, com críticas de que tais omissões podem reforçar a desconexão entre diferentes grupos culturais e históricos na Austrália. Para alguns líderes indígenas, essas cerimônias deveriam ser mais do que gestos protocolares e realmente refletir o reconhecimento da importância histórica e cultural dos povos aborígines no contexto australiano.