O caso envolvendo uma postagem polêmica feita por um integrante da equipe de um cantor no Amazonas gerou uma investigação por parte do Ministério Público. A publicação, que mencionava a visita a “índios” durante uma viagem para um show em Benjamin Constant, gerou reações negativas nas redes sociais e levou a um inquérito sobre possível injúria racial. O promotor de justiça responsável destacou que, se confirmada a injúria racial, tanto o cantor quanto sua equipe poderiam ser responsabilizados civil e criminalmente. Além disso, o promotor também considerou a possibilidade de uma ação por danos morais coletivos.
A legislação brasileira sobre injúria racial passou a tratar esse crime com maior gravidade após uma mudança em 2023, equiparando-o ao racismo. A injúria racial ocorre quando alguém ofende a dignidade de outra pessoa com base em sua raça, cor, etnia ou nacionalidade, e pode resultar em pena de prisão. A nova legislação eliminou a distinção entre injúria racial e racismo, tratando ambos os crimes com a mesma severidade. Além disso, se o crime for praticado por mais de uma pessoa, a pena pode ser mais severa.
Após a repercussão negativa, tanto o cantor quanto o produtor que fez a postagem se desculparam publicamente, alegando que o conteúdo foi postado sem a intenção de ofender. O produtor reconheceu o erro e esclareceu que sua escolha de palavras foi inadequada, enquanto o cantor afirmou que a postagem foi feita por outro membro de sua equipe, que também não percebeu o teor da legenda. Ambos reforçaram seu compromisso com o respeito e a admiração pela cultura e pelo povo do Amazonas.