A internação do Papa Francisco por pneumonia bilateral gerou preocupações sobre a gravidade dessa infecção pulmonar, que afeta ambos os pulmões simultaneamente e costuma ser mais severa, especialmente em idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido. A pneumonia bilateral é mais arriscada que a unilateral, pois compromete as funções respiratórias de ambos os pulmões, dificultando a respiração e a oxigenação do organismo. Grupos vulneráveis, como idosos, crianças pequenas e pessoas com doenças crônicas, estão mais expostos à infecção, que pode se agravar rapidamente.
Especialistas alertam que o quadro clínico de pneumonia bilateral pode ser mais difícil de diagnosticar em idosos, já que os sintomas, como febre e tosse intensa, podem ser menos evidentes. Em muitos casos, o paciente apresenta apenas um cansaço incomum, uma manifestação atípica da doença. Para prevenir essas complicações, além da vacinação contra a pneumonia, é importante a imunização contra o vírus da gripe e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que também são fatores de risco para complicações respiratórias graves.
O aumento de infecções respiratórias, incluindo a pneumonia bilateral, tem sido uma preocupação crescente, especialmente devido à queda na adesão às vacinas nos últimos anos. Entre 2023 e 2024, o número de casos registrados cresceu entre 20% e 25%. A baixa adesão à vacinação, juntamente com a diminuição do uso de vacinas preventivas, contribuiu para esse aumento. Além disso, o Ministério da Saúde ajustou o calendário vacinal nas regiões mais afetadas, como o Norte do Brasil, para tentar mitigar os impactos da infecção respiratória.