A criação de planos de drenagem foi o tema central de uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, com representantes do governo paulista e de 53 municípios impactados pelas fortes chuvas. O encontro teve como foco a importância desses planos para liberar recursos destinados a obras de pequena escala e o envio de maquinário, além de incluir as cidades em projetos maiores, como piscinões e outras soluções de macrodrenagem. A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natalia Resende, destacou que a falta de planos dificulta a gestão municipal e o planejamento adequado para combater enchentes e enxurradas.
A reunião também abordou o papel essencial dos consórcios municipais na elaboração e implementação dos planos de drenagem. Apesar dos avanços nas ações de curto prazo, como a prevenção de danos à vida durante situações extremas, o plano Verão ainda apresenta respostas reativas e não preventivas em relação a danos materiais. O governo paulista anunciou o lançamento de mais de R$ 64 milhões para projetos de microdrenagem, com foco em áreas prioritárias como Jaboticabal, Suzano, Juquery e Franco da Rocha, regiões que enfrentaram grandes problemas com as chuvas recentes.
Em Jaú, uma das prefeituras presentes, o coordenador da Defesa Civil local, Rodrigo de Paula, relatou que a renovação do plano de drenagem será tranquila, mas continua sendo um esforço constante. A cidade já possui 16 áreas de risco, com foco nas áreas próximas ao Rio Jaú, que enfrentam problemas de erosão e impacto nas galerias pluviais. Recentemente, foram identificados novos pontos de insuficiência na drenagem, o que reforça a necessidade contínua de adaptação e melhorias no sistema de drenagem local.