O governo dos Estados Unidos declarou que não é realista esperar que a Ucrânia recupere o território invadido pela Rússia, gerando especulações sobre o que seria uma expectativa viável no contexto da guerra. A sugestão de uma possível mudança nas posições ocidentais surgiu após revelações de Donald Trump sobre sua conversa com o presidente russo Vladimir Putin. Trump indicou um interesse em alcançar a paz, mas isso seria, na prática, uma concessão ao agressor, diminuindo os princípios que fundamentaram o apoio ocidental à Ucrânia, como a inviolabilidade das fronteiras nacionais.
Putin, por sua vez, não alterou suas exigências de fim da guerra, que incluem a destruição da viabilidade da Ucrânia como nação independente. A situação se complica ao observar que a Rússia, em sua ambição imperialista, se aproximou da China e agora enfrenta uma nova realidade estratégica: uma longa fronteira com os países da OTAN, o que reforça a tensão geopolítica na região. Mesmo com essas condições, o governo russo parece contar com a ajuda dos Estados Unidos, que, no passado, derrotaram a União Soviética na Guerra Fria.
A proposta de Trump foi comparada ao apaziguamento histórico, que envolveu concessões a agressores em troca de promessas de paz, um conceito que já levou a tragédias, como a Segunda Guerra Mundial. A frase “a história se repete primeiro como tragédia, depois como farsa” é mencionada para ilustrar o risco de repetir erros do passado, com a atual situação apresentando-se, mais uma vez, como um cenário de crise e tensões internacionais que podem resultar em consequências significativas para a Ucrânia e para a ordem global.