Em janeiro, uma planilha criada por profissionais de marketing viralizou nas redes sociais, expondo avaliações anônimas sobre influenciadores digitais. A planilha gerou um debate sobre a falta de profissionalismo de muitos influenciadores, destacando questões como atraso nas entregas e problemas de relacionamento com agências e marcas. Especialistas afirmam que a viralização do documento traz à tona a necessidade urgente de uma maior profissionalização no setor e de um entendimento mais claro por parte das empresas sobre os diferentes tipos de resultados que cada influenciador pode gerar.
A professora Mariana Munis destaca que, tanto as marcas quanto as agências, ainda enfrentam dificuldades para compreender as especificidades dos influenciadores, especialmente as diferenças entre grandes e pequenos criadores de conteúdo. As grandes estrelas são eficazes para aumentar o reconhecimento da marca, enquanto influenciadores menores conseguem gerar maior conexão e impacto nas vendas. Além disso, a falta de estrutura profissional dos influenciadores é outro fator apontado como problemático, com muitos contando com equipes informais e sem a experiência necessária para lidar com o mercado.
Com o aumento da repercussão pública, especialistas acreditam que a planilha pode acelerar mudanças importantes no setor, como o foco em métricas de engajamento, ao invés de números de vaidade. O mercado de influenciadores também está experimentando novas tendências, como a ascensão dos micro e pequenos influenciadores e o uso crescente de inteligência artificial para melhorar a gestão de campanhas. Espera-se que essas mudanças levem a uma maior profissionalização da profissão e a uma regulamentação mais clara sobre as práticas do setor.