A partir desta sexta-feira de Carnaval, 28 de fevereiro, entra em funcionamento o Pix por aproximação, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. Com tecnologia NFC, já usada em cartões de crédito e débito, a novidade permitirá pagamentos apenas encostando o celular na máquina, sem a necessidade de digitar chaves ou escanear QR Codes. Para utilizá-la, o consumidor precisará cadastrar o Pix na carteira digital, eliminando a exigência de abrir o aplicativo do banco para cada transação. No entanto, a funcionalidade só está disponível para celulares Android e instituições bancárias integradas ao Open Finance, com limite máximo de R$ 500 por operação, ajustável pelo usuário.
Apesar da popularidade do Pix, que movimentou R$ 26,45 trilhões em 2024, a adoção da nova tecnologia enfrenta desafios. Apenas usuários com dispositivos Android compatíveis poderão utilizá-la, já que a Apple e a Samsung ainda não aderiram ao sistema do Banco Central para atuar como iniciadoras de pagamento. Além disso, celulares mais antigos, sem suporte à tecnologia NFC ou rodando versões desatualizadas do sistema operacional, não serão compatíveis. A exigência de chaves Pix cadastradas também pode limitar o alcance do novo recurso.
O Google, que já operava um modelo semelhante na Índia, se antecipou e firmou um acordo com o Banco Central, permitindo a integração do Pix ao Google Pay. Já a Apple, sob pressão na Europa, anunciou que seu sistema iOS 18.1 abrirá o acesso ao chip NFC para outros aplicativos, o que pode facilitar a adesão futura ao Pix por aproximação. Apesar dessas limitações, a nova funcionalidade deve ampliar ainda mais a adesão ao Pix, que já é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, à frente do cartão de débito e do dinheiro em espécie.