O vírus da gripe aviária, que afetou milhões de aves ao redor do mundo nos últimos cinco anos, chegou à Antártida, uma região até então considerada isolada. Em uma expedição, foi confirmada a presença do vírus em várias espécies de animais em seis ilhas ao norte da Península Antártica, com destaque para pinguins, que mostram uma resistência maior do que o esperado. No entanto, o vírus tem causado impactos negativos em outras espécies, como as focas-caranguejeiras, que apresentam uma alta carga viral.
Apesar da resistência observada nos pinguins, o vírus está circulando na região, sendo detectado até mesmo em amostras de ar nas colônias desses animais. Embora não haja sinais claros de doença nas aves, os pesquisadores alertam para o risco de contágio em áreas frequentadas por cientistas e turistas. A transmissão para seres humanos, embora não seja frequente, continua sendo um fator de preocupação para a saúde global, dado o potencial do vírus de se adaptar e afetar outras espécies.
O surto global da gripe aviária, causado pela variante H5N1 2.3.4.4b, continua se espalhando para diferentes animais, como focas, leões marinhos e até vacas. O vírus também tem sido identificado em vacas leiteiras nos Estados Unidos, gerando alertas sobre um possível aumento da transmissão entre espécies. A Organização Mundial da Saúde registrou poucos casos humanos até agora, mas os cientistas permanecem vigilantes diante do risco de novas mutações do vírus.