A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou, no dia 26 de fevereiro, o arquivamento do inquérito que investigava suposta omissão de um gestor local nos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O parecer foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que agora deverá decidir se aceita ou não a recomendação do órgão. O procurador-geral afirmou que, após a análise das evidências disponíveis, não foram encontrados elementos suficientes para dar continuidade à investigação, pois não há justa causa para o prosseguimento do caso.
Enquanto o inquérito contra o gestor está próximo do arquivamento, a PGR segue com denúncias contra outras pessoas envolvidas nos eventos de janeiro, incluindo ex-integrantes do governo local. O STF também terá de se pronunciar sobre a possível aceitação das acusações que envolvem essas outras figuras, além de 32 pessoas denunciadas por participação nos atos. A PGR argumenta que, no aspecto criminal, o envolvimento de algumas dessas pessoas precisa ser mais bem apurado, considerando-se as responsabilidades específicas de cada um.
Além disso, o Ministério Público Federal já havia arquivado, no ano anterior, o inquérito que investigava possíveis atos de improbidade administrativa relacionados ao gestor, também vinculados aos eventos de 8 de janeiro. O relatório final sobre esses casos destaca que as invasões e depredações em Brasília não podem ser atribuídas ao referido gestor, sendo que a responsabilidade por essas ações recai sobre outros envolvidos, conforme o andamento das investigações.