A Procuradoria-Geral da República (PGR) está finalizando os ajustes para apresentar, nas próximas semanas, as primeiras denúncias relacionadas ao inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O objetivo seria impedir a posse do atual presidente. A investigação da Polícia Federal (PF) já resultou no indiciamento de 40 pessoas, incluindo figuras de alto escalão, e as denúncias serão apresentadas de forma fracionada para acelerar o andamento do processo. A estratégia envolve a apresentação de blocos de denúncias, com a inclusão de autoridades de maior hierarquia no primeiro lote.
A análise das denúncias será conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), começando pela Primeira Turma, responsável por julgar as ações penais. A expectativa é de que o trâmite seja agilizado para evitar que o processo se arraste até o ano eleitoral de 2026. Os magistrados do STF, no entanto, destacam que não haverá pressa nem desrespeito aos prazos legais. A coleta de depoimentos será coordenada pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, sem a necessidade de convocação de sessões extraordinárias da Primeira Turma no início do processo.
Além das investigações já realizadas, a PF deve apresentar um novo relatório com o indiciamento de suspeitos adicionais. A conclusão do inquérito revelou que as tentativas de golpe não foram bem-sucedidas devido à resistência de figuras chave no comando das Forças Armadas, que não cederam às pressões. A sequência de eventos culminou nos ataques de 8 de janeiro, e as investigações continuam a esclarecer os envolvidos e as motivações por trás da tentativa de desestabilização do governo.