A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 36,6 bilhões em 2024, o que representa uma queda de 70,6% em relação ao ano anterior, quando a companhia obteve R$ 124,6 bilhões. Este foi o primeiro resultado anual sob a gestão de Magda Chambriard. A empresa atribuiu a redução a uma série de fatores extraordinários, incluindo a adesão a um edital de contencioso tributário, que resolveu disputas judiciais, e a variação cambial em dívidas entre a estatal e suas subsidiárias no exterior. Sem esses eventos, o lucro estimado seria de R$ 103 bilhões, uma queda de 19,7% em relação a 2023.
A performance da empresa também foi impactada por fatores externos, como a oscilação do preço do barril de petróleo e a redução de 40% no crackspread de diesel, o que diminuiu a rentabilidade das operações de refino. A receita líquida da Petrobras caiu 4,1%, fechando em R$ 490,8 bilhões. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também apresentou uma retração de 18,2%, atingindo R$ 214 bilhões. Contudo, as exportações mostraram um crescimento de 2,9%, totalizando R$ 134,4 bilhões.
No último trimestre de 2024, a Petrobras registrou um prejuízo de R$ 17 bilhões, revertendo o lucro de R$ 31 bilhões obtido no mesmo período de 2023. Esse desempenho foi refletido por fatores como a queda no preço do diesel e as dificuldades enfrentadas no mercado global de petróleo. Esses resultados reforçam o impacto das condições externas sobre as finanças da empresa e a importância dos ajustes em sua estratégia para lidar com as flutuações do mercado e eventos imprevistos.