A Petrobras anunciou um lucro líquido de R$ 36,6 bilhões (US$ 7,5 bilhões) em 2024, uma queda expressiva em relação ao resultado de R$ 124,6 bilhões (US$ 24,9 bilhões) registrado no ano anterior. A principal causa dessa redução foi a variação cambial nas dívidas entre a Petrobras e suas subsidiárias no exterior, o que gerou impacto negativo no lucro da companhia, embora não tenha afetado seu caixa. Sem os efeitos desses fatores extraordinários, o lucro líquido seria de R$ 103 bilhões (US$ 19,4 bilhões).
Apesar dos desafios, a empresa destacou resultados positivos em seu desempenho operacional e financeiro. A geração operacional foi de US$ 38 bilhões, e a dívida financeira caiu para US$ 23 bilhões, o menor nível desde 2008. A produção de petróleo e gás da Petrobras também atingiu novos recordes, com destaque para o pré-sal, que alcançou 2,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Além disso, a companhia investiu R$ 91 bilhões em projetos e pagou R$ 102,6 bilhões em dividendos, sendo R$ 37,9 bilhões destinados ao governo federal e ao BNDES.
A companhia ainda enfrentou desafios no setor de refino, com a desvalorização do preço do Brent e a redução do crackspread do diesel. Contudo, o fator de utilização total das refinarias foi o maior dos últimos dez anos, e a produção de gasolina e diesel também atingiu recordes. Além disso, a Petrobras iniciou operações importantes em suas unidades de gás natural e refinarias, alcançando melhorias no desempenho ambiental e na emissão de gases do efeito estufa.