Analistas do BTG Pactual estimam que a Petrobras pode receber uma decisão favorável sobre o licenciamento para realizar estudos exploratórios na foz do Rio Amazonas, no Amapá, nos próximos meses. Contudo, destacam que esse desenvolvimento não deve ter um impacto imediato sobre as ações da companhia. A pressão política e o envolvimento de figuras chave do governo, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indicam que o processo de liberação para as atividades exploratórias se intensificou recentemente, com a expectativa de que a atividade possa desbloquear investimentos significativos na região.
Apesar disso, os analistas apontam que qualquer avanço concreto para a exploração de petróleo na área levaria anos para se concretizar e demandaria investimentos elevados. Diante disso, a avaliação das ações da Petrobras permanece atrelada às suas estratégias atuais de produção e alocação de capital. O órgão responsável pelo licenciamento ambiental, o Ibama, ainda não deu uma resposta definitiva ao pedido de reconsideração da Petrobras, que foi feito em 2023 após o órgão negar uma licença para perfuração na região.
Embora o possível avanço no licenciamento seja um marco relevante, o impacto imediato nas ações da Petrobras é visto como limitado. A empresa segue aguardando uma posição do Ibama sobre o pedido, sem um prazo definido para a resposta. Nesse cenário, os analistas destacam que, por enquanto, a situação do licenciamento não deve mudar significativamente a perspectiva para a companhia no curto prazo.