O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira (17), a venda direta de combustíveis, sem a intermediação de distribuidores, com o objetivo de reduzir o preço para os consumidores. Durante um evento em Angra dos Reis, ele criticou a privatização de empresas públicas, enfatizando que estas devem contribuir para o desenvolvimento nacional. Lula destacou que os preços elevados dos combustíveis muitas vezes são resultado da margem cobrada pelos distribuidores e pelo ICMS, e não da Petrobras. Ele também criticou a importação de equipamentos e sugeriu uma maior nacionalização da produção, com foco na criação de empregos e no desenvolvimento tecnológico local.
Além disso, Lula abordou o impacto da privatização no setor energético e a necessidade de fortalecer as indústrias brasileiras, ressaltando que a Petrobras, como empresa pública, deve ter um papel no desenvolvimento do país, e não apenas no lucro. Ele mencionou que o custo de importação de bens para a Petrobras, apesar de ser mais barato, prejudica o crescimento do Brasil em termos de geração de emprego e aprendizado tecnológico. A estratégia do governo é incentivar a produção interna para atender às demandas da empresa.
Durante a cerimônia, também foram apresentados novos projetos para a ampliação da frota da Transpetro, empresa vinculada à Petrobras, com a aquisição de navios para transporte de GLP e amônia. O programa, que faz parte do Novo PAC, visa aumentar a capacidade de transporte de gás natural no país e fortalecer a infraestrutura logística nas regiões Norte e Sul. Em relação à sustentabilidade, a Petrobras anunciou o reaproveitamento de plataformas em desmobilização até 2029, em parceria com outras entidades do setor, como parte de sua agenda ESG (ações ambientais, sociais e de governança).