A Petrobras encerrou o ano de 2024 com um lucro de R$ 36,6 bilhões, apesar dos impactos negativos causados pela valorização do dólar, que afetou especialmente o quarto trimestre. O fluxo de caixa operacional da companhia atingiu R$ 204 bilhões, destacando sua capacidade de geração de caixa, uma das principais forças da empresa. A companhia, que reduziu sua dívida financeira bruta em 10%, alcançou a menor dívida desde 2008, com US$ 23 bilhões. Além disso, distribuiu R$ 102,6 bilhões em dividendos, beneficiando majoritariamente o governo federal e o BNDES, que são seus principais acionistas.
Embora o preço do petróleo e as flutuações cambiais possam afetar temporariamente os resultados contábeis, a Petrobras manteve sua política de preços de combustíveis, que busca suavizar a volatilidade do mercado internacional e garantir a competitividade no Brasil. Em 2024, a empresa manteve o diesel com preços estáveis até fevereiro de 2025, enquanto a gasolina teve um ajuste em julho. No entanto, a redução do crackspread no refino do diesel, que impactou os ganhos da companhia no setor, foi atenuada por uma boa geração de caixa na área.
A busca por novos ativos e reservas é uma prioridade para a Petrobras, especialmente com o declínio das reservas atuais previsto para a década de 2030. A empresa está focada em explorar a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas, regiões com grande potencial, embora o avanço desses projetos dependa de aprovações regulatórias. A Petrobras continua a avaliar possíveis aquisições, mas no momento não há planos de grande vulto, concentrando-se em oportunidades que tragam valor aos seus acionistas e à sociedade brasileira.