A Petrobras informou que distribuirá R$ 9,1 bilhões em dividendos aos seus acionistas, elevando o total de remuneração para R$ 75,8 bilhões. Essa decisão segue a política da empresa, que destina 45% do fluxo de caixa livre, com a condição de que a dívida seja controlada. No entanto, o desempenho financeiro de 2024 foi afetado por uma queda no lucro, que caiu 70% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 36,6 bilhões. Além disso, a produção de petróleo da empresa diminuiu 3%, somando 2,7 milhões de barris diários, e as vendas de combustíveis também apresentaram uma redução.
O desempenho negativo foi impactado por um acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que resultou no pagamento de R$ 45 bilhões para resolver disputas tributárias. Esse acordo levou a Petrobras a registrar seu primeiro prejuízo desde a pandemia, destacando os desafios econômicos enfrentados pela companhia. A queda nos lucros também reflete as dificuldades do setor energético brasileiro, que continua a lidar com questões fiscais e de produção.
Se a proposta de dividendos for aprovada, os acionistas poderão esperar o pagamento em duas parcelas, previstas para os meses de maio e junho de 2025. A Petrobras segue seu plano estratégico, mantendo a distribuição de lucros aos investidores, mesmo diante de um cenário econômico adverso. A situação reflete a complexidade do mercado de petróleo e a necessidade de adaptações em meio a desafios fiscais e operacionais.