Integrantes do PT começam a apontar para a necessidade de um novo perfil na presidência do partido, com foco em menos confrontos e maior moderação. O próximo líder deverá ser capaz de conduzir alianças estratégicas para as eleições de 2026, com a principal prioridade sendo a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é fortalecer uma frente ampla, similar à da campanha de 2022, e buscar acordos com o centro democrático, o que pode implicar em abrir mão de candidaturas próprias em prol de alianças que garantam apoio ao presidente.
A expectativa é que a eleição interna do PT, marcada para julho deste ano, defina um novo líder com características mais conciliatórias, ao contrário da postura combativa de Gleisi Hoffmann, atual presidente do partido. Embora reconheçam a importância de Gleisi nas fases de oposição, como durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, membros do PT defendem um perfil mais dialogante para enfrentar a competição nas próximas eleições presidenciais, que já se desenham como bastante disputadas.
Entre os possíveis candidatos à presidência do PT, destaca-se Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), que tem se aproximado do governo e buscado apoio entre a militância. No entanto, o grupo de Gleisi considera Edinho precipitado e defende a escolha de um nome do Nordeste, como os deputados José Guimarães ou o senador Humberto Costa, como sucessor para comandar o partido. As discussões internas continuam, enquanto o PT se prepara para os desafios eleitorais de 2026.