O conceito de “grounding”, ou aterramento, tem ganhado popularidade nos últimos tempos, especialmente entre influenciadores de saúde e bem-estar, que afirmam que caminhar descalço ao ar livre ou deitar-se no chão pode ajudar a realinhar o corpo com a energia elétrica da Terra. Esse aumento no interesse se reflete em uma alta nas buscas por informações sobre o tema na internet, com várias pessoas promovendo seus benefícios para o bem-estar físico e mental. No entanto, essa prática, que também é conhecida como “earthing”, está longe de ser amplamente reconhecida pela comunidade científica.
Embora o grounding seja promovido como uma solução natural para diversos problemas de saúde, especialistas destacam que as evidências científicas que apoiam essas alegações são limitadas e carecem de um rigor adequado. Poucos estudos foram publicados sobre o assunto, e os que existem não apresentam resultados suficientemente conclusivos ou bem fundamentados para justificar as reivindicações feitas por defensores da prática. A falta de um respaldo científico sólido coloca em dúvida a eficácia e a segurança dessa abordagem, especialmente quando comparada a tratamentos convencionais.
A controvérsia sobre o grounding destaca a necessidade de uma análise mais detalhada e cuidadosa da prática, bem como de um debate mais informado sobre seus efeitos. Enquanto os entusiastas continuam a divulgar os possíveis benefícios do contato direto com a terra, a comunidade científica segue cética, aguardando mais pesquisas rigorosas que possam comprovar ou refutar os benefícios alegados.